Provavelmente, você já se perguntou como eliminar os carrapatos que tanto incomodam seu bichinho.
Acontece que a eliminação desses carrapatos é considerada complexas, tendo em vista que são parasitas extremamente resistentes. Porém há várias maneiras de prevenir contra as doenças causadas por eles.
Vamos entendê-los melhor?
Para entender quais medidas devem ser adotadas para o controle dos carrapatos é imprescindível o conhecimento de seu ciclo de vida, bem como de seu comportamento.
Os carrapatos são aracnídeos, pertencentes à mesma classe das aranhas e ácaros. Existem mais de 800 espécies no mundo que vivem nos mais diversos ambiente, tanto no campo quanto na cidade. Vivem nos matos, madeiras, frestas, plantas, paredes, ralos de cano etc.
Os carrapatos são animais que vivem na superfície do corpo de um hospedeiro, nos animais domésticos, animais silvestres e até mesmo no homem.
Nos animais domésticos, se encontram mais em cães, vacas ou cavalos. Já os felinos, não têm a tendências de tê-los.
São classificados como hematófagos, ou seja, alimentam-se do sangue de seu hospedeiro. Por isso, o seu formato oval se modifica dependendo da quantidade de sangue sugado.
Entretanto, não podemos achar que são apenas bichinhos nojentos que trazem doenças. Todos as espécies de animais têm, de alguma forma, uma função. Os carrapatos estão na base da cadeia alimentar, sem eles, não haveria equilíbrio ecológico.
Classificação dos carrapatos
No reino animal, ao carrapatos pertencem a ordem dos ácaros, classificados em duas famílias: Ixodidae e Argasidae.
Aqui, nesse estudo, falaremos da família Ixodidae, por ser a mais prejudicial ao nossos cãezinhos e até mesmo para o homem.
Os carrapatos pertencentes a essa família, são os carrapatos que permanecem longos períodos no hospedeiro.
Os machos são conhecidos como “carrapatos duros” por possuir uma carapaça resistente feita de quitina.
Já nas fêmeas, a carapaça resistente cobre apenas a região anterior do corpo, assim permite a dilatação do abdômen após a alimentação, já que as fêmeas se alimentam muito mais do que os macho.
Os cuidados especiais vai para as fêmeas. As espécies de família Ixodidae são as de maior interesse médico e veterinário, pelos danos que podem causar. Atraves da fêmia que é transmitido todas as doenças apresentadas. Vamos ficar de olha nelas!
O Ciclo:
Entender o ciclo, faz com que você interprete melhor cada produto de prevenção. Existem produtos que combatem os carrapatos que são de acordo com seu ciclo. Assim um produto que as vezes não surtiu resultado, pode ter implantado em carrapatos com ciclos diferente do que o apresentado.
O ciclo da família Ixodidae, a de maior interesse médico e veterinário, possuindo 4 fases: ovo, larva, ninfa e adultos. Basicamente, o ciclo evolutivo acontece dessa maneira:
– A fêmea deposita seus ovos em vários lugares, mas não no hospedeiro.
– As larvas eclodem dos ovos e se espalham pelo ambiente e transferindo para um hospedeiro.
– Após se alimentarem do hospedeiro, elas caem e saem em busca de um ambiente protegido para se transformarem em ninfas, que buscam um novo hospedeiro.
– Já no hospedeiro, as ninfas alimentam-se por um curto período. E novamente cai no solo para se transformarem em carrapatos adultos. Repetindo o ciclo.
Normalmente, para completar o ciclo, os carrapatos precisam de vários hospedeiros, chamados heteróxeno,
Já os monóxenos, ou seja, carrapatos cujo ciclo realiza todas as suas mudas no mesmo hospedeiro, alimentam-se apenas dele.
Essa é uma grande diferença entre eles. Além disso, se esses tipos de ciclos forem interrompidos, os carrapatos podem sobreviver por longos períodos de tempo.
Enquanto fora do hospedeiro, os carrapatos infestam ambiente. São resistentes ao frio, mas são sensíveis a luz e chuvas intensas.
Principais doenças provocadas pelos carrapatos
A transmissão de doenças pelos carrapatos depende da quantidade desses parasitas sobre o hospedeiro além de seu grau de especificidade.
Por exemplo, se várias fêmeas se hospedarem em um mesmo animal, é mais certo a proliferação de uma doença. Agora, se há mais machos que fêmeas, a possibilidade de obter uma doença é menor.
Algumas doenças encontradas são:
Babesiose:
É a mais comum em cães. Também chamada de doença do carrapato, é causada por um protozoário, do gênero Babesia.
A babesia é considerada uma das doença mais preocupante do cão, pois os carrapatos que infectam suas células vermelhas do sangue, os deixando fraco, podendo apresentar até anemias.
Doença de Lyme:
Doença causada por uma bactéria, porém é transmitida pelo carrapato da espécie Amblyoma cajennense.
Ocorre uma erupção vermelha que se parece com um olho de boi. Pode causar fadiga, dor de cabeça, rigidez do pescoço, febre, dores musculares e nas articulações.
Eherlichise:
Também comum em cães, é causada pelo micro-organismo Ehrlichia.
Considerada, ainda mais preocupante que a Babesia, pois os carrapatos atingem os glóbulos brancos do cão, ou seja, células de defesa do seu corpo. A doença inibe o sistema imune de suas funções básicas na medula óssea.
Com sistema imune frágil, facilita instalação de infecções bacterianas ou viróticas secundárias, levando ao emagrecimento, tosse, fadiga, febre intermitente, depressão, anorexia e dor nos gânglios linfáticos
Febre Maculosa:
Doença infecciosa aguda causada pela bactéria Rickettsia rickettsii.
A única forma de transmissão é pelo carrapato, conhecido como “carrapato estrela”. Esta enfermidade é uma zoonose que acomete o homem e diversos animais.
Seus sintomas são febre (moderada a alta), dores de cabeça, dores do corpo, calafrios e edema nos olhos.
Febre recorrente:
Doença bacteriana que são transmitida aos seres humanos por carrapatos. Podem durar dias, ir embora, e depois voltar.
Seus sintomas são dores de cabeça, aumento da frequência cardíaca, dores musculares, mal-estar e erupção cutânea.
Febre da carraça colorado:
Causada por um vírus transmitido pelo carrapato madeira.
Seus sintomas incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dores musculares, sensibilidade à luz (fotofobia). Essa doença de carrapato desaparece sozinha.
Como eliminar e prevenir dos carrapatos?
O carrapato, além de estar presente nos pelos dos animais, nós mesmos podemos carregar nas roupas, tênis, sapatos, ou seja, onde passamos.
Caso esteja presente nos seus acessórios, é aconselhado lavá-los.
Outro fator é que existem produtos no mercado que combatem, de forma eficaz, os carrapatos.
Somente se o tratamento for feito corretamente, a eliminação será completa, trazendo bons resultados.
Caso haja um tratamento incompleto, o resultado será prejudicado devido aos ovos que não estavam no animal e sim no ambiente. Eles irão eclodir e novos carrapatos aparecerão. Por isso, quanto maior o tempo de tratamento, melhor será o resultado obtido.
Por mais que os carrapatos sejam resistentes, há produtos bons no mercado que, se aplicarem corretamente, não haverá infestação. Somente tenha disciplina e faça tudo corretamente, caso contrário, os carrapatos não irão acabar.
Medidas preventivas:
Para o animal infectado:
- Tratamento completo e eficaz com o médico veterinário
- Aplicação de banhos carrapaticidas em animais domésticos
- Uso de coleiras carrapaticidas que duram na sua prevenção
- Uso do colar elisabetano para que o cão não possa morder ou se coçar
- Limpeza semanal do animal
Tratamento contra carrapatos com colar elisabetano
Para áreas infectadas:
- Aplicação de acaricidas nas paredes e pisos das instalações.
- Limpeza das pastagens: Mudar a vegetação realizando calagem e drenagem que elimina o parasita presente na postagem
- Evitar sentar em solos com parte do corpo desprotegido à vegetação.
- Repelente em roupas à base de toxinas aconselhadas por profissionais da área
- Higienizar totalmente casas, comércios ou onde podem ter a possibilidade de contato com carrapatos
- Dedetização mensal do local, com o produto correto para carrapatos.
Lembrando que uma dedetização para baratas, pode não ser o mesmo produto para os carrapatos.
Poe essa razão, o melhor é ficar atento, deixar sempre a casa e o animalzinho limpos. E caso aparecer os carrapatos, faça o tratamento, sem interrupção e de uma forma correta.